Os gatos são os animais de estimação perfeitos: carinhosos, brincalhões e divertidos. Eles alegram o dia a dia da casa e os tutores, geralmente, cuidam com muito carinho dos felinos. Mas você conhece todas as doenças que seu gato pode ter? Neste artigo, vamos falar sobre a cardiomiopatia hipertrófica felina, uma doença do sistema circulatório que afeta gravemente os bichanos.
A seguir, vamos te explicar os sintomas e o tratamento desta doença, para você saber o que esperar em sua visita veterinária ou qual será o próximo passo do tratamento. Continue lendo!
Cardiomiopatia hipertrófica felina: o que é?
A cardiomiopatia hipertrófica felina é a doença cardíaca mais frequente em gatos e, acredita-se que tenha um padrão hereditário. Essa doença causa um espessamento da massa miocárdica no ventrículo esquerdo. Como consequência, o volume da câmara cardíaca e o volume de sangue que o coração bombeia é reduzido.
Causa deficiências no sistema circulatório, impedindo que ele bombeie corretamente o coração. Pode afetar gatos de qualquer idade, embora seja mais comum em gatos em idade avançada. Os persas são mais propensos a sofrer desta doença. E de acordo com as estatísticas, os machos sofrem mais que as fêmeas.
Cardiomiopatia hipertrófica felina: complicações (tromboembolismo)
O tromboembolismo é uma complicação frequente em gatos com problemas no miocárdio. É produzido pela formação de um coágulo que pode causar diversos efeitos, dependendo de onde está alojado. É uma consequência da má circulação, que faz com que o sangue fique estagnado e forme coágulos.
É uma complicação importante que pode causar paralisia ou flacidez dos membros, e é muito dolorosa para o paciente. Um gato com cardiomiopatia hipertrófica pode sofrer um ou vários episódios de tromboembolismo durante sua vida. Esses episódios podem causar a morte do animal, uma vez que seu sistema cardiovascular sofre muito estresse.
Cardiomiopatia hipertrófica felina: sintomas
A cardiomiopatia hipertrófica felina pode apresentar diferentes sintomas dependendo do avanço da doença e de estado de saúde. Os sintomas que podem apresentar são os seguintes:
- Assintomático;
- Apatia;
- Inatividade;
- Falta de apetite;
- Depressão;
- Dificuldades respiratórias;
- Boca aberta.
Quando o quadro complica e aparece o tromboembolismo, os sintomas são:
- Paralisia rígida;
- Paralisia das patas traseiras do gato;
- Morte súbita.
O quadro mais comum em gatos com esta doença é a respiração dispneica com vômitos. Nos estágios iniciais da doença, você só notará o gato mais apático que o normal, evitando brincar ou se mover e apresentando dificuldade para respirar normalmente.
Cardiomiopatia hipertrófica felina: diagnóstico
Como vimos, o gato pode apresentar sintomas diferentes, de acordo com os diferentes estágios da doença. Se a doença for detectada antes que as complicações se desenvolvam devido ao tromboembolismo, o prognóstico é favorável.
É muito importante que a doença seja diagnosticada antes de submeter o gato a outras pequenas cirurgias, como a castração. A ignorância a respeito desta doença pode causar grandes problemas.
Um exame de rotina em um gato assintomático pode não detectar a doença, por isso é importante que, de tempos em tempos, você realize testes mais completos. A ecocardiografia é o único teste diagnóstico para esta doença. O eletrocardiograma não detecta esse problema cardíaco, embora às vezes possa captar arritmias relacionadas à doença. Radiografias de tórax detectam apenas os casos mais avançados.
Em qualquer caso, é a patologia cardíaca mais comum em gatos, e mediante a qualquer sinal, seu veterinário irá realizar os testes de diagnóstico necessários.
Cardiomiopatia hipertrófica felina: tratamento
O tratamento para cardiomiopatia hipertrófica felina varia de acordo com o estado clínico do animal, idade e outros fatores. Cardiomiopatias não têm cura, então só o que podemos fazer é ajudar o seu gato a conviver com a doença. O veterinário irá te informar sobre a combinação adequada medicamentos para o seu gato. Os medicamentos mais utilizados nas cardiomiopatias são:
- Diuréticos: para reduzir os líquidos do pulmão e do espaço pleural. Em casos graves, a extração de líquido é feita com um cateter.
- IECA (Inibidores da enzima conversora de Angiotensina): causam vasodilatação. Reduzem a sobrecarga do coração.
- Beta bloqueadores: reduzem a frequência cardíaca em momentos com ritmo muito rápido.
- Bloqueadores do canal de cálcio: relaxam o músculo cardíaco.
- Ácido acetilsalicílico: administrado em doses muito baixas e controladas para reduzir o risco de tromboembolismo.
Em relação à dieta, você não modificá-la em excesso. Deve ser baixa em sal para evitar a retenção de sódio, que pode, por sua vez causar a retenção de líquidos.
Cardiomiopatia dilatada felina: o que é?
É a segunda cardiomiopatia mais comum em gatos. É causada pela dilatação do ventrículo esquerdo ou ambos os ventrículos, e por falta de força na contração. Em outras palavras, o coração não consegue expandir normalmente. A cardiomiopatia dilatada pode ser causada por uma deficiência de taurina na dieta ou por outras causas ainda não especificadas.
Os sintomas são semelhantes aos descritos anteriormente, como:
- Anorexia;
- Fraqueza;
- Problemas respiratórios.
O prognóstico da doença é grave. Se for causada por insuficiência de taurina, o gato pode se recuperar após o tratamento adequado. Mas, se a doença for causada por outros fatores, a expectativa de vida do seu gato será de aproximadamente 15 dias.
Por esta razão, é muito importante que você cuide da dieta do bichano. As rações comerciais geralmente contém a quantidade necessária de taurina para o seu gato. Você nunca deve dar a ele comida de cachorro, porque ela não contém taurina e pode levar à essa doença.
Cardiomiopatia hipertrófica felina: outros conselhos
Se seu gato foi diagnosticado com cardiomiopatia hipertrófica felina ou cardiomiopatia dilatada, é muito importante que você colabore o máximo possível com o veterinário. Ele ou ela irá te aconselhar sobre o tratamento mais adequado para cada caso e os cuidados que você deverá procurar. Você deve fornecer um ambiente sem estresse ou sustos, cuidar da dieta do gato e estar atento aos possíveis episódios de tromboembolismo. Mesmo que a prevenção desses episódios seja continuada, existe sempre o risco de que eles ocorram.
Este artigo é meramente informativo, no PeritoAnimal.com.br não temos capacidade para receitar tratamentos veterinários nem realizar nenhum tipo de diagnóstico. Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.